Vai minha poesia!

Faça uma longa trajetória

Mude o rumo da história

Para todo que há de melhor.

Impõe seu poder de encantamento 

Não aceite rebeldia 

Ponha um fim nesta orgia

De tristeza, pessimismo e desamor;

Se coloque acima de qualquer pode

Onde você chegar nao peça permissão para entrar,

Bem vinda é sempre você.

És o oposto do desconforto

O terror do desgosto

O pavor de nostalgia

O antidoto do veneno

A mais sublime das alegrias.

Vai minha poesia!

Com a luz tão pujante

No interior sublime das alegrias.

Oh! Poesia querida

Vida de milhares de vidas

Que desencanto roubou,

Aplique a sua terapia convincente

É tão forte que até a própria morte

De você sente pavor.

Vai minha poesia lindissima, super amada

Pra você não existe democracia

Você é absoluta.

Vá em frente nesta luta

Extermine o flagelo do vazio

A revolta, este ódio doentio

Que quer muitos peitos atracar.

Vai minha poesia!

Não vacile, vá fundo, mergulhe de cabeça

Não deixe que ninguém padeça

O amargo de sua ausencia.

Oh! Poesia amo você tanto, tanto...

Não sei o que será de mim

Se um dia você faltar

Não me negues este conforto

Se apoderes do meu corpo

Use e abuse deste pequenino ser.

Oh! Poesia querida

Deixa eu viajar contigo

Me conceda este abrigo

Que só você pode me dar.

Amo te do fundo da minha alma

Você me traz a calma, uma paz celestial

Vá poesia linda,benigna

Derrama uma paz infinita

Neste mundo animal.

Duque de Caxias, RJ, 1988.

Romildo Rosa - O Negro